sábado, 22 de maio de 2010

Frida Khalo


Magdalena Carmen Frida Khalo Calderon (FRIDA KHALO), nasce em Coyacán cidade do México, junto com a Revolução Mexicana em 6 de julho de 1907. Filha de mãe índia e pai judeu húngaro. Tem somente uma irmã.
A pintora mexicana Frida Kahlo é o exemplo clássico de como o sofrimento pode esculpir um artista, de como o sofrimento produz obras primas. Aos sete anos sofre de poliomielite. Em 1925, aos 18 anos acidenta-se de carro, onde fratura a coluna, diversas partes do corpo e enfrentou 35 cirurgias. Durante toda sua vida, lutou para abstrair-se da dor. Teve uma das pernas amputada e jamais chegou ao término de uma única desejada gravidez, devido aos vários abortos naturais.
Por volta dos vinte anos casa-se com Diego Rivera, o mais famoso pintor de seu País. Vivendo por algum tempo à sombra da arte do marido. Nos anos 30, os dois são considerados o casal-símbolo, espécie de renascimento mexicano, na mesma época em que acontece a revolução liderada por Emiliano Zapata.
Grande parte de sua obra é constituída de auto-retratos, que mostram uma artista decepada pelo destino. Os seus quadros refletem sofrimento, são mórbidos, mas líricos ao mesmo tempo. O grande escritor mexicano Carlos Fuentes, escreveu a seu respeito: "O corpo é o templo da alma. O rosto é o templo do corpo. E quando o corpo decai, a alma não tem outro santuário a não ser o rosto. Nascida com a revolução, ela tanto reflete como transcende o evento central do México no Sec. XX. Ela o reflete em suas imagens de sofrimento, destruição, chacina, mutilação, perda, mas também nas imagens de humor e de alegria, que tanto marcaram a sua vida penosa. (...) Em Kahlo há um humor que transcende a política e até mesmo a estética, que faz cócegas nas próprias costelas da vida. O diário é o melhor exemplo desse desrespeitoso, trocadilhesco gênio da linguagem do humor, que fazia de Kahlo aquela meiga e, afinal de contas, feliz personagem, apesar de todo o seu sofrimento. Sua voz, dizem todos os que a conheceram, era profunda, rebelde, pontuada por gargalhadas e palavrões".
Quando viaja, para os Estados Unidos e França. Picasso, Duchamps e André Breton conhecem sua arte, e Breton “pai” do surrealismo a considera a primeira surrealista latino-americana.
Além dos óleos sobre tela, a pintora nos deixou um diário ilustrado de grande riqueza sentimental. Publicado na íntegra pela primeira vez, o surpreendente diário documenta os dez últimos anos de sua vida turbulenta. Este registro íntimo foi guardado a sete chaves durante cerca de quarenta anos e contêm pensamentos, poemas, sonhos, e reflete o seu tumultuado relacionamento com o marido, Diego Rivera. As setenta gravuras coloridas no diário - desenhos alegres - fazem com que se penetre no processo criativo da artista, e mostram como ela costumava usar o diário para formular idéias pitorescas para suas telas.
Em 1950, aos 43 anos submete-se a seis cirurgias da coluna, amputam-lhe a perna direita, e morre em 13 de julho de 1954 aos 47 anos, com diagnóstico de embolia pulmonar, mas suspeita-se “suicídio”.
Em 2002 é lançado um filme, sob a direção de Julie Taymor, que narra a história da pintora. Frida Khalo é interpretada pela atriz Salma Hayek, e Diego Rivera por Alfred Molina.