segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

2º PARANÁ BLOGS NO MEMORIAL CURITIBA


O 2º Encontro de Blogs, Redes Sociais e Cultura Digital do Paraná acontecerá bem no coração da capital paranaense, no Centro Histórico, na região do Largo da Ordem. Uma parceria foi fechada entre a Comissão Organizadora e a Fundação Cultural de Curitiba, que cederá o Auditório Londrina para a realização do evento.
O Evento também conhecido como 2º Paraná Blogs, se realizará  entre os dias 12 a 14 de abril de 2013, no Auditório Londrina, Memorial de Curitiba, Rua Claudino dos Santos, 79 - Centro Histórico – Curitiba – Paraná.
O local se transformará em um espaço para a discussão de temas relacionados à liberdade de expressão, internet e cidadania. O evento pretende reunir blogueiros, jornalistas, ativistas digitais, comunicadores populares e outros cidadãos interessados no assunto.
Mais informações estão disponíveis na página oficial do evento: http://blogoosfero.cc/paranablogs/paranablogs/2o-parana-blogs-sera-no-memorial-curitiba

Poderá também conferir em: 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CRABASTOS BRASIL: SEMANA DA ARTE MODERNA - FEVEREIRO DE 22

SEMANA DA ARTE MODERNA
FEVEREIRO DE 1922

A semana da Arte Moderna na verdade foi realizada entre os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922, tendo os seus principais acontecimentos nos dias 13, 15 e 17 daquele ano, conferências, recitais de música, declamações de poesia e exposição de quadros, realizados no Teatro Municipal de São Paulo, apresentam ao público as novas tendências das artes do país. Seus idealizadores rejeitam a arte do século XIX e as influências estrangeiras do passado. Defendem a assimilação das tendências estéticas internacionais para mesclá-las com a cultura nacional, originando uma arte vinculada à realidade brasileira.

Foi ela quem constituiu o marco inicial do modernismo no Brasil, mostrando-se afinada com a nova linguagem das correntes estéticas do começo do século. Esse movimento foi polêmico, pois rompeu com linhas artísticas, literárias e musicais existentes no Brasil que sofriam grande influência da Europa. As produções passaram a ter a alma e o espírito brasileiro autêntico, caracterizando fatos reais do país, sendo o seu ponto culminante a reflexão de toda essa ruptura entre o velho e o novo, o antigo e o moderno.


A corrosão da arte acadêmica brasileira era acompanhada pela intensificação das greves operárias contra a carestia, à fundação do Partido Comunista Brasileiro, à criação da Coluna Prestes e o crescimento do Tenentismo, gestando-se com esses e outros fatos a Revolução de 30, numa tentativa de reestruturar a sociedade brasileira em busca de uma nova saída política.


Todos esses, e outros, fatores contribuíram inegavelmente para o triunfo da Revolução de outubro de 1930, mas também devemos observar que igualmente relevante, (tanto para o modernismo como para a Revolução) foi à queda da Bolsa de Nova York, em 1929, desestabilizando totalmente o preço do café brasileiro, que era o principal produto da balança de exportação, nessa mesma data. Tal fato atinge, profundamente, no Brasil, o grupo dirigente desestruturando as velhas oligarquias e abrindo espaço para o novo – as pessoas aclamavam por mudanças o que acabou por dar legitimidade à arte e à literatura modernas.


O principal veículo das ideias modernistas é a revista Klaxon, lançada em maio de 1922.


O grupo modernista que agitou os meios artísticos era composto de vários intelectuais do Rio de Janeiro e de São Paulo, como os escritores Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Menotti del Picchia; os pintores Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Vicente do Rêgo Monteiro; o escultor Victor Brecheret; e os músicos Villa-Lobos e Guiomar Novaes, entre outros. Famosos ou em busca de fama, a estética nova e as ideias de vanguarda que apresentaram dividiram o público e a crítica.

A semana de 22 foi aberta com a conferência “A Emoção Estética na Arte Moderna”, de Graça Aranha, que atacava o conservadorismo e o academicismo da arte brasileira. Seguida da execução de peças do maestro e compositor Villa-Lobos e a pianista Guiomar Novaes e a declamação do poema "Os Sapos" de Manuel Bandeira, que ridicularizava o Parnasianismo. Seguiram-se também leituras de poemas de Manuel Bandeira onde apresentou o seu ensaio “A Escrava que não Era Isaura” na escadaria do teatro.

A Semana de Arte Moderna provocou gritos e vaias aos modernistas, assustando a burguesia, as ideias trazidas pelos artistas e intelectuais não foram recebidas com tranquilidade. As ousadias dos modernistas inquietaram e irritaram muito o público. Todo esse clima marcou a ruptura com o tradicionalismo. A arte apresentada estava em consonância com os estilos de vanguarda, estabelecendo, definitivamente, o início do movimento modernista no Brasil.

A partir da Semana de 22 surgem vários grupos e movimentos, radicalizando ou opondo-se a seus princípios básicos. O escritor Oswald de Andrade e a artista plástica Tarsila do Amaral lançam em 1925 o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, que enfatiza a necessidade de criar uma arte baseada nas características do povo brasileiro, com absorção crítica da modernidade europeia. Em 1928 levam ao extremo essas ideias com o Manifesto Antropofágico, que propõe "devorar" influências estrangeiras para impor o caráter brasileiro à arte e à literatura. Por outro caminho, mais conservador, segue o grupo da Anta, liderado pelo escritor Menotti del Picchia (1892-1988) e pelo poeta Cassiano Ricardo (1895-1974). Em um movimento chamado de verde-amarelismo, fecham-se às vanguardas europeias e aderem a ideias políticas que prenunciam o integralismo, versão brasileira do fascismo. A ação integralista brasileira defende a criação, no Brasil de um estado integral, ou seja, uma ditadura nacionalista, com um único partido no poder e tendo como seu principal líder Plínio Salgado.

Assim pode-se concluir que as duas primeiras décadas do século XX foram marcadas pela crise do capitalismo e o nascimento da democracia de massas. A revolução socialista ameaçou a burguesia e esta, tomou consciência deste risco. O progresso materializado, nas invenções do telégrafo, automóvel, lâmpada, cinema, avião e telefone, geraram uma euforia – consequência da revolução científica experimentada naquele momento – que influenciaram em muito os movimentos modernistas, no Brasil e no mundo.

Esta euforia, no entanto, durou pouco. A desconfiança nos sistemas políticos, sociais e filosóficos vigentes, levaram a sociedade a questionar os valores de seu tempo. Conhecido como os: "anos loucos", esse período é marcado, principalmente, pela ânsia de viver freneticamente, fruto da incerteza lançada pela guerra quanto à possibilidade de paz.

Consequências positivas houvera, como por exemplo: por um breve lapso de tempo, teve-se a impressão de que a meta de fortalecimento da democracia talvez tivesse sido atingida; a liberdade para as mulheres que foram emancipadas e ganharam o direito ao voto pelo menos em duas grandes nações. Porém de outro lado grande foi à desilusão – particularmente da classe média – quanto à postura cobiçosa dos políticos na definição do tratado de paz, traindo os princípios da causa internacional em prol dos objetivos nacionais.

No Brasil, a arte moderna ainda não foi estudada de forma completa e interdisciplinar, relacionando aspectos históricos, estéticos – caracterização dos materiais e técnicas – fazendo uso de recursos tecnológicos e computacionais – constituindo um amplo programa de pesquisa e documentação, com a possibilidade de acesso e uso cultural de um acervo artístico de valor inestimável e importância ímpar no panorama da arte brasileira.




MODERNISTAS

René Thiollier (1) Manuel Bandeira (2) Mário de Andrade (3) Manoel Vilaboin (4) Francesco Pettinati (5) Cândido Motta Filho (6) Paulo Prado (7) Não identificado (8) Graça Aranha (9) Afonso Schmidt (10) Goffredo da Silva Telles (11) Couto de Barros (12) Tácito de Almeida (13) Luís Aranha (14) Oswald de Andrade (15) Rubens Borba de Moraes (16)

Fonte: Arquivo Mário de Andrade do Instituto de Estudos Brasileiros – USP, reprodução, Cezar Coureiro, Arq. Rio Gráfica, Arq. Ed. Globo, Eduardo Queiroga, Arq. Ed. Globo.


REFERÊNCIAS:

ARTE NO BRASIL. A revolução da arte moderna. São Paulo: Nova Cultural, n. 7, p. 193-220, 1986.

_____. A revolução da arte moderna (conclusão). São Paulo: Nova Cultural, n. 8, p. 221-248, 1986.

BANCO DE DADOS DA FOLHA ON LINE. Semana da arte moderna: o sarampo antropofágico. Disponível em: acesso em: 30 maio 2003.

CALABRIA, Carla P. B.; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história & produção: arte ocidental. São Paulo: FTD, 1997. v. 2.

CUMMING, Robert. Para entender a arte. São Paulo: Ática, 1996.

MORAES, Eduardo Jardim. Estudos históricos. Rio de Janeiro: [s. n.], v. I, n. 2, 1988

NOSSO SÉCULO: Anos de crise e criação 2ª parte – 1910/1930. Abril, v. IV, 1985.

80 ANOS DO MODERNISMO: semana de arte moderna de 1922. Revista Época. Rio de Janeiro: Globo, 28 jan. 2002.

REVISTA ISTO É. Rio de Janeiro: Três, mar. 2003.

WEBSTER, M. Helena. (org.) Arte brasileira: 1913/1994. Porto Alegre: Rede arte escola, mar. 1998.


Poderá também conferir em:
CRABASTOS BRASIL: SEMANA DA ARTE MODERNA - FEVEREIRO DE 22
http://crabastosbrasil.blogspot.com.br/2011/02/semana-da-arte-moderna-fevereiro-de-22.html 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

XXI CONVENÇÃO NACIONAL DE SOLIDARIEDADE A CUBA


A Associação Cultural José Martí-Paraná (ACJM-PR) e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz-Paraná (CEBRAPAZ-PR), vem convidar sua entidade para a XXI CONVENÇÃO NACIONAL DE SOLIDARIEDADE A CUBA, que será realizado de 06 a 08 de junho de 2013 em Foz do Iguaçu-PR.

Solicitamos a inclusão na Agenda de Lutas 2013 desse importante evento que terá como tema central: a Solidariedade Latino-americana e Caribenha e os subtemas: o Bloqueio Econômico, a Base Militar de Guantánamo, a Guerra Midiática e a Libertação dos Cinco Heróis.

Informamos que os últimos encontros foram realizados em 2011 em São Paulo-SP e em 2012 em Salvador-BA com grande sucesso. Assim, contamos com a sua colaboração na divulgação e na organização da mobilização para o evento.

Atenciosamente,

Manoel Valdemar Barbosa Filho ACJM-PR
Professor Kico CEBRAPAZ-PR

Poderá também conferir em:
Union de Pueblos de Nuestra America: CRABASTOS@: XXI CONVENÇÃO NACIONAL DE SOLIDARIEDADE A CUBA

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Comissão Estadual da Verdade terá integrantes indicados pelo Fórum

  O governador Beto Richa nomeou, no dia 28 de janeiro, com o decreto 7.128 (conf. anexo abaixo), os sete integrantes da Comissão Estadual da Verdade, cuja lei, de iniciativa do Poder Executivo, havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada no final de novembro último. Dos sete nomes nomeados, seis foram indicados pelo Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça.

Passam a fazer parte da Comissão Estadual da Verdade os seguintes companheiros: 

MARCIO MAURI KIELLER GONÇALVES- sindicalista bancário e atual vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná. 

IVETE MARIA CARIBÉ DA ROCHA- advogada, assessora jurídica da Casla- Casa Latino-Americana e membro do Comitê de Refugiados e Migrantes do Paraná. 

LUIZ EDSON FACHIN- professor titular de Direito Civil da UFPR e jurista com renome nacional. 

OLYMPIO DE SÁ SOTTO MAIOR NETO- procurador do Ministério Público do Paraná e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Paraná. 

PEDRO RODOLFO BODÊ DE MORAES- professor doutor do Setor de Ciências Humanas da UFPR e especialista em estudos sobre a violência. 

VERA KARAN DE CHUEIRI- professora doutora de Direito, vice-diretora do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR. 

NEIDE DE AZEVEDO LIMA- foi presidente do Movimento Feminino pela Anistia. O Fórum a referenda como sua sétima indicada.